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Glândulas Supra-Renais


6. AS GLÂNDULAS SUPRA-RENAIS.

As glândulas supra-renais têm este nome devido ao fato de se situarem sobre os rins, apesar de terem pouca relação com estes em termos de função. As supra-renais são glândulas vitais para o ser humano, já que possuem funções muito importantes, como regular o metabolismo do sódio, do potássio e da água, regular o metabolismo dos carboidratos e regular as reações do corpo humano ao stress.


6.1 A ALDOSTERONA, A ADRENALINA E A NORADRENALINA

Estas glândulas endócrinas têm forma de lua achatada, situadas uma sobre cada rim e secretam várias hormonas, entre os quais destacam-se a aldosterona, a adrenalina (ou epinefrina) e a noradrenalina (ou norepinefrina).

Sua função básica está relacionada à manutenção do equilíbrio do meio interno, isto é, da homeostase do organismo, frente a situações diversas de modificação desse equilíbrio (tensão emocional, jejum, variação de temperatura, infecções, administração de drogas diversas, exercício muscular, hemorragias, etc].

Possuem íntima conexão com o sistema nervoso. Embriologicamente, cada supra renal é formada por dois tecidos embrionários diferentes, dos quais resultam as duas camadas da supra-renal: a mesoderme origina o córtex e a neuroectoderme a medula da glândula. Muitos autores consideram córtex e medula da supra-renal como sendo dois órgãos distintos.


6.2 CÓRTEX DA SUPRA-RENAL

O córtex, camada externa da glândula, é amarelado e compõe-se de três camadas concêntricas de células. A camada externa, abaixo da cápsula, é chamada zona glomerulosa do córtex supra-renal. Funcionalmente, a camada glomerular produz e secreta aldosterona, enquanto que as outras duas camadas produzem glicocorticóides (cortisol e corticosterona) e hormonas sexuais.


6.3 A ALDOSTERONA

A principal ação da aldosterona é a retenção de sódio. Onde há sódio, estão associados íons e água. Portanto, a aldosterona age profundamente no equilíbrio dos líquidos, afetando o volume intracelular e extracelular dos mesmos. Glândulas salivares e sudoríparas também são influenciadas pela aldosterona para reter sódio.

O intestino aumenta a absorção de sódio como reação à aldosterona.


6.4 O ESTRESSE E O CORTISOL

O estresse ainda é um tema que suscita muitas controvérsias, desde a sua definição até assuas implicações com as doenças. Por vezes, o estresse é definido como um estímulo, sendo por outras considerado como resposta desenvolvida por esse estímulo. Na realidade, a palavra estresse, em si, quer dizer "pressão", "insistência" e estar estressado quer dizer "estar sob pressão" ou "estar sob a ação de estímulo insistente". Significa também tensão. É uma palavra amplamente usada no âmbito da Física como sendo a tensão gerada em um corpo pela ação de forças sobre o mesmo. Neste caso, o estresse assume o significado de "reação" do corpo à ação das forças que configuram o estressor.

De fato, estressor é qualquer estímulo capaz de provocar o aparecimento de um conjunto de respostas orgânicas e/ou comportamentais, relacionadas com mudanças fisiológicas estereotípicas de padrões, que incluem a hiperfunção da supra-renal, ou adrenal. O estresse é um processo reativo, que tem como objetivo diminuir os efeitos negativos causados pelo estressor e favorecer a adaptação a este ou às mudanças advindas da sua presença.

Assim, o estado de estresse é exatamente aquele relacionado com a fase de adaptação, sendo o seu estabelecimento compatível com a liberação de cortisol (hormônio secretado pela suprarenal), que torna o organismo hábil para responder às exigências adaptativas.

6.5 A ADRENALINA E A NORADRENALINA

Existem, na medula adrenal, dois tipos de células: umas secretam adrenalina, a outras noradrenalina. Tais hormonas são secretadas em resposta à estimulação simpática e são considerados como hormonas gerais. Liberados em grandes quantidades depois de fortes reações emocionais como, por exemplo, susto ou medo, estas hormonas são transportados pelo sangue para todas as partes do corpo, onde provocam reações diversas, principalmente constrição dos vasos, elevação da pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, etc. Tais reações resultam, entre outras coisas, no aumento do suprimento de oxigênio às células.

Além disso, a adrenalina, que aumenta a glicogenólise hepática e muscular e a liberação de glicose para o sangue, eleva o metabolismo celular. A combinação dessas reações possibilita, por exemplo, reações rápidas de fuga ou de luta frente a diferentes situações ameaçadoras. Ao contrário do córtex supra-renal, que lança seus produtos continuamente na circulação, a medula acumula as hormonas produzidas.

Existem doenças que se caracterizam pelo excesso de produção das hormonas das supra-renais. As principais são a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma.

6.6 A SÍNDROME DE CUSHING

Caracteriza-se por deposição de gordura no abdômen, fraqueza muscular, estrias avermelhadas, aumento de pêlos, surgimento espontâneo de hematomas, aumento de gordura na face e no pescoço. O quadro clínico é semelhante ao provocado pelo uso constante de medicamentos à base de corticóides.

6.7 O FEOCROMOCITOMA

É uma doença na qual ocorrem crises de hipertensão arterial podendo ou não estar acompanhada de dor de cabeça, sudorese e palpitações. Qualquer paciente jovem que apresente hipertensão arterial merece uma investigação médica visando excluir a possibilidade de feocromocitoma.

6.8 DOENÇA DE ADDISON

Além das doenças acima (que se caracterizam por excesso de hormonas das supra renais) existe uma outra que se caracteriza pela falta das hormonas das supra renais. É a Doença de Addison, que se caracteriza por fraqueza, perda de peso, dores abdominais discretas e escurecimento de algumas áreas da pele e das mucosas.


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